segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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Quimera Ufana

  • segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
  • Saga de Animes
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  • 1.Primeiro uma descrição do blog pelo autor André Lasak:
    O Quimera Ufana é minha forma de divulgar as coisas que escrevo. Tem poesia, Inícios para Livros, contos, histórias interativas e o que vier na minha cabeça. Não tenho um rótulo para o QU. É exatamente o que diz a descrição, lá no cabeçalho: "Doses módicas de insanidade e devaneios lingüísticos. Confrontos eu x eu. Estranhamentos e depoimentos. Insalubridades. Nonsense. E outras vicissitudes." Já fui mais fiel nas publicações, mas em 2009 prometo manter pelo menos uma atualização semanal.


    Visite Quimera Ufana


    2.Você criou um personagem como autor do blog, ou você se apresenta como é no seu cotidiano?
    Se eu fosse no meu cotidiano o que escrevo no QU, acho que já estaria preso, hehehe. Nem tudo o que escrevo é autobiográfico, mas quando isso acontece dou uma contribuição de fantasia para não chamar tanto a atenção. Todos os nomes são alterados para não comprometer ninguém. Alguns temas que eu exploro (principalmente no Inícios para Livros) são tão absurdos e politicamente incorretos que se tornam engraçados no susto. Não tem quase nada do meu cotidiano, mas às vezes eu projeto para o papel algo que eu gostaria de ser ou fazer.


    3.O que é para você ter um blog em versos em tempos de informação dinâmica?
    Existem leitores para todo o tipo de texto encontrado na biblioteca ou na internet. Basta você encontrar a forma certa de atrair estas pessoas para seu devido lugar.


    4.Quais seus autores favoritos? Pode falar um pouco sobre eles?
    O mais importante do que os autores favoritos é a época em que seus livros pousaram em minhas mãos. Isso é que fez e faz a diferença, e é o que muda de pessoa para pessoa. Li O Tempo e o Vento do Érico Veríssimo na pré-adolescência. Os quatro grandes volumes. A riqueza de detalhes, a narrativa e a complexidade dos personagens me inspirou muito a começar a escrever. V de Vingança do Alan Moore li aos 15 anos e releio pelo menos uma vez por ano até hoje. Aquilo não dá para ser tratado como uma simples história em quadrinhos. Aquilo mudou a minha vida e meu jeito de ser. Li na época certa. Outro do meio HQ que me inspira é o Neil Gaiman (Sandman, Livros da Magia, Belas Maldições). O jeito que ele conta histórias é sensacional. Gosto também de leituras-desafio, daquelas que dão nó nas sinapses. Nietzsche (Assim Falava Zaratustra, Além do Bem e do Mal), Umberto Eco (O Nome da Rosa) eThomas Mann (A Montanha Mágica) são um bom exemplo. Este último preciso recomeçar, pois parei na página cento e pouco faz um bom tempo. Preciso arranjar tempo pra ler todos os títulos que ainda tenho vontade... Na lista (bem resumida) tem Ulisses (James Joyce), Cem Anos de Solidão (Gabriel García Márquez), uns dois do Dostoiévski e alguns dos obrigatórios na minha época de escola (que estudei apenas o resumo porque estava ocupado com O Tempo e o Vento).


    5.Quais suas fontes de inspiração para escrever? Qual a contribuição de seu cotidiano e profissão (se houver)?
    Sou redator publicitário. Tanto para meu trabalho como para o blog ou meus projetos, a inspiração muda muito conforme o tema. Lembro uma época em que resolvi criar o Personagens para Livros no QU, com atualizações semanais. O primeiro personagem foi baseado num sonho que eu tive. Depois, eu ficava divagando atrás de algo interessante pra escrever. O mais engraçado foi um que o prazo já estava apertado (nesta época, eu era mais rigoroso com o QU) e eu não tinha a menor idéia do que inventar. Foi quando eu passei na cozinha pra tomar água e vi uma carambola na cesta de frutas. Batata! Isto é... carambola! O resultado ficou tão bom que este é um dos meus Personagens preferidos. Outro personagem desta série virou História Interativa. 700 km: A Vontade e o Cabideiro foi bem legal de escrever. O Toro, do Mundico, que desafiou e jogou este título na mesa do bar. Topei, mas no primeiro capítulo eu não tinha a menor idéia de como continuar. Chutei duas coisas aleatórias para os leitores escolherem para o próximo capítulo, quando um dos meus amigos comentou que uma delas era muito simpática e mais carta de tarô. Tarô? Devorei o Google atrás dos arcanos maiores e menores e encontrei a minha história. Aquilo foi uma doideira escrever. Eu separei as cartas de duas em duas, para cada capítulo, sem repeti-las, e sem saber como seria a seqüência da história. Cada capítulo eu escrevia totalmente baseado no significado da carta escolhida. Só na metade da história que me veio um final, e muitas outras idéias para continuar a saga do Heptúnio. Aguarde que virão novidades ainda em 2009.


    6.Brasileiro gosta de literatura e poesia? Comente sobre seu ponto de vista.
    Isso é bem difícil de saber. Infelizmente são poucos os brasileiros que lêem com freqüência (é... não dei a mínima pra reforma ortográfica). Parece que não existe uma cultura de leitura no nosso país. Acho que falta incentivo dentro de casa. Na escola até tentam, mas a molecada hoje quer mais é ficar na internet papeando em miguxês ou jogando. Quando eu precisava pegar ônibus para trabalhar, eu devorava diversos livros. Hoje, como moro a dois quarteirões do trabalho, não tenho muito tempo para ler. Preciso administrar melhor meu tempo para isso. Se pra mim é difícil, imagine como é para a maioria da população que não tem ou teve este incentivo à leitura? Este gosto tem que vir desde criança. O brasileiro lê uma média de 5 livros por ano. Na Europa, este número sobe para 15. Viu a diferença? Isso precisa mudar.


    7.Em relação a pergunta acima pode ver isso em seu blog?
    Faz um tempo que eu não divulgo meu blog, portanto não consigo tirar uma média dessas com as minhas estatísticas.


    8.Você já precisou enfrentar plagiadores? Como você lida com esse assunto?
    Eu tenho um banner do Creative Commons no QU, a Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5, que permite que as pessoas copiem o que eu escrevi, desde que coloquem os devidos créditos. Só uma vez um carinha colocou uma edição do meu Inícios para Livros no blog dele, sem o título nem meu nome ou link. Eu apareci lá nos comentários e pedi para ele colocar meu nome e o link do QU. Acho que ele apagou o post. Entro de vez em quando no copyscape.com para ver se existe algum texto meu em outro site. Te confesso que é incômodo imaginar alguém vendendo uma criação minha com outro nome. Lembro uma vez, isso tem uns anos, que um mané pegou uma história do Laerte e colocou o nome dele. Meu! O traço do Laerte é impossível não identificar. O plagiador, além de cara-de-pau era um sem-noção de marca maior. Eu e uma galera reclamamos no blog dele, espalhei para um monte de gente, até que o cara apagou o post.


    9.Escrever bem ajuda, mas dá para competir com vídeos, apelação e miguxês?
    Claro que dá! Tem mercado pra todo mundo. Afinal internet não é só composta de vídeos e apelação, né? Existe vida inteligente na internet e nas outras mídias.


    10.Diga sinceramente como recebe as críticas?
    Acho ótimo. Isso faz qualquer um crescer e evoluir o trabalho. Já fiz vários testes no meu blog, colocando coisas que eu adorei escrever e não recebeu nenhum comentário, e outras que eu não gostava e era elogiada por uma porrada de gente, hehehe. Gosto muito quando alguém faz uma crítica do meu trabalho, ou reclama de algo que escrevi. Já fiz post explicando uma piada nerd e já publiquei um pedido de desculpas às garotas que se ofenderam quando chamei a Cicarelli de vagabunda quando "desligou" o YouTube. Cuido bem dos meus leitores/críticos.


    11.O que você mais gosta e mais detesta em blogs?
    Eu gosto de coisas que me fazem rir ou que me impressionam pela criatividade ou curiosidade. Um texto bem escrito, um poema certeiro, um quadrinho nonsense, um vídeo idiota... Encontramos de tudo na internet. Tenho boas fontes que me mandam ótimos links de entretenimento e cultura (inútil ou não). Eu detesto blogs que já começam a tocar qualquer música sem dar tempo de você querer aceitar ou não isso. Eu detesto blogs que tem tanta coisa pulando e piscando que você não consegue ler sem ficar tonto. Acho que é isso. E tem que ter algum conteúdo, né? Senão nem vale a pena abrir.


    12.Seus visitantes entendem o que você quer passar? Entendem suas idéias?
    Eu coloco no blog o que me dá vontade naquele momento. Isto pode ser bom ou ruim para o leitor. Tem temas que eu escrevo que faço uma puta pesquisa em Google, Wikipedia e dicionários em geral. Tem coisas por lá repletas de referências e alguns termos técnicos que não é todo mundo que entende. Quando perguntam eu respondo, sem problema nenhum. Adoro quando as pessoas descobrem algumas sutilezas que eu deixei escondidas, hehehe. Às vezes escrevo um tipo de glossário nos comentários do post. E às vezes, não entender o que eu quis dizer tem muito mais graça do que entender, me entende?


    13. Resuma em uma frase seu passado, presente e futuro com o Quimera Ufana:
    No princípio era o caos, mas ele cansou de ser dark e se vestiu de verde e criou três cabeças que tentam pensar em igualdade mas sempre se confundem, mas uma hora destas alguém aparecerá para colocar uma ordem em tudo, para quem sabe um dia, o que está virtual se converta em papel.


    14.Você assina e autoriza a publicação dessas declarações?
    Claro!
    André Lasak

    2 Responses to “Quimera Ufana”

    Nathália disse...
    23 de janeiro de 2009 às 13:16

    Olá, peço que, se possível, divulgue o site do poeta Ulisses Tavares (www.ulissestavares.com.br) em seu blog.
    Mandando um email para nós você concorre a um livro por semana do escritor!
    Desde já agradeço a gentileza.

    Abraços!


    imagens para facebook disse...
    13 de março de 2012 às 06:51

    Olá denovo lucia quero saber como faço para que você faça uma entrevista com meu blog?
    ele fala sobre imagens para facebook!

    eu idia adorar!

    alias cara entrevista uma melhor que a outra!


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